Lá pelos idos da minha 6ª série a grande febre eram aqueles cadernos de enquetes. Lembram? Perguntavam por quem você era apaixonado(a), quem era a pessoa mais brega da sala, a mais feia, o que você levaria para uma ilha deserta, etc. Adorava responder esses troços, embora sofresse bastante com eles. Eu sempre era tachada de a mais feia e a mais brega. Jóia.

Vários anos depois essa modinha migrou para a internet, mas como questionários pessoais. Do tipo "o quanto você sabe sobre mim". Sei lá por que diabos lembrei disso hoje, mas fui procurar para ver se ainda existiam.

E qual não foi minha surpresa ao ver que existem dezenas de sites do gênero? Não apenas para os quizes pessoais, mas de todo o tipo. Inundada por esse espírito juvenil de inutilidade resolvi ressuscitar essa belezinha e fiz um teste sobre o quanto sabem de mim.

Tá fácil e não vale trapacear! Quem fizer mais pontinhos (e peço que postem os resultados aqui) ganha... um parabéns.

       New Order - Run Wild
Domingo terminei de ler as mais de 1500 páginas do Desventuras em Série. Fiquei triste, sério. Foi uma das leituras mais prazerosas que fiz, não queria que terminasse tão cedo.

Dezenas de coisas me surpreenderam nos 13 livros. Talvez a que mais se destaque é que, apesar da linguagem simples, dos ambientes bizarros e situações esdrúxulas (um bebê escalando um fosso de elevador com os dentes e uma cidade abarrotada de corvos, por exemplo) a história é extremamente realista. Aborda todos os sentimentos possíveis, índoles, sociedades, modismos, relações... e questiona cada um deles. Todos os personagens são dúbios.

Uma das minhas 'parábolas' favoritas é um julgamento onde todos (com exceção dos juízes, dois deles corruptos) devem estar vendados, numa interpretação ao pé da letra de que a justiça é cega. Num dado momento a platéia se alvoroça e começa a gritar suas opiniões sobre os réus sem o menor embasamento, e nem o aviso de que o prédio estava pegando fogo os fez tirar as vendas dos olhos, por puro medo de serem punidos. Vários morreram queimados.

Outra coisa que me chamou a atenção é a quantidade monstruosa de referências. Anotei algumas:

1_ Sunny, a irmã-bebê, fala numa língua teoricamente ininteligível. Porém, nas suas pequenas falas faz referência a outras palavras ou personagens, como Godot, Mata Hari, arigatô, sashimi, rendez-vous, etc.

2_ citações de Platão, Martin Luther King, Thomas Hobson, Lewis Carroll, T. S. Eliot, Nietzsche (!!!) e afins aparecem aos montes. Os nomes dos autores não são mencionados nos livros, mas porra...

3_ sistemas e fenômenos também não são deixados de lado, como o Sistema Decimal Dewey (aquele das bibliotecas) ou biologices (apesar de serem utilizadas como exemplo de coisas maçantes - HAHA - e terem erros crassos, como dizer que sapos são répteis)

4_ a música não fica para trás e Giuseppe Verdi surge na história, com a sua ópera La Forza Del Destino (a qual, descobri depois, é usada na propaganda da Stella Artois)
etc etc etc.

Por fim (pra não encher tanto o saco de vocês), é incentivado um apreço pelos livros em geral - e isso é muito louvável. Em basicamente todas as grandes enrascadas, os irmãos Baudelaire se salvaram por causa do conhecimento encontrado neles. Além disso, em todos os livros do Desventuras há um ex libris com espaço para escrever o nome. Adorável!

As histórias podem ser lidas em diferentes níveis, e talvez esse seja o grande segredo. São como dizem ser os filmes da Xuxa - para toda a família - com a diferença de serem tudo, menos idiotas e subjugadores da inteligência alheia. Ha.

E agora chega, né?

Mentira, não chega não, porque ainda falta este livro pra ler. Só que não vai dar pra comprá-lo agora. Fiquem tranquilos.

       The National - Apartment Story
Bem dizem que cabeça vazia é oficina do diabo: já estava pensando mil bobagens enquanto esperava por alguma resposta da Unesc (e, por sinal, continuo esperando). Por isso resolvi arregaçar as mangas e adiantar as coisas, mesmo sem saber pra quando.

Comecei modestamente, esvaziando a prateleira de CDs. Descartei alguns. Passei para a estante de livros e separei os que ainda não tinha lido. Em outra caixa ficaram os já saboreados e que provavelmente ficarão para trás. Lágrima.

E como é estranho ver tudo se esvaziar...

Segui em frente e mandei email para três imobiliárias. Apenas uma respondeu dizendo as condições absurdas de contratos de locação; seria praticamente impossível locar qualquer coisa por lá. Contatei outra. As condições eram melhores, mas nenhum apartamento que está no site é o tal.

Fiz contas e levantamentos, milhares. Percebi que o orçamento será apertadissississimo. Comecei um caderno só para essas questões e anotações.

Segui esvaziando mais prateleiras e jogando papéis e comendo poeira e limpando gavetas. Quanto mais espaço desocupo na casa, mais cheia minha cabeça fica. Não tenho ânimo de pensar em nada além disso, e pensar nisso geralmente me entristece.

E aí comecei a achar que cabeça cheia também é oficina do diabo.


(de qualquer forma, ainda tenho esperanças de que tudo vá terminar bem. mas tá difícil.)

       Paul McCartney - Vanilla Sky
Estou em duas comunidades do orkut que sempre me causam vergonha quando vejo que ainda estão lá na minha lista. São a Eu não sei dar mole !!! e a Ta afim de mim, AVISA!!!.

( pausa para vocês rirem )

Pois bem, tenho vergonha delas só porque a descrição é meio miguxa style. Sério. Talvez eu devesse ter vergonha pelo assunto, mas enfim...

Definitivamente nunca soube dar mole: tinha pavor de parecer ridícula ou vulgar. Porque eu via menininhas darem em cima de amigos meus, por exemplo, e me sentia enojada. Era tosco, besta, sem noção. Pode ser que eu tivesse a sorte de só observar as piriguetes em ação, mas o fato é que eu não sabia como demonstrar afeto ou coisa que valha.

Aliás, acabava fazendo exatamente o contrário. A tendência era: quanto mais gostava da pessoa, mais travada ficava com ela. Acho muito provável que a totalidade dos meus crushs nunca tenha feito a menor idéia de que eram gostados. Pra ilustrar, passei grande parte da faculdade apaixonada por um amigo. E nunca, nunca mesmo, demonstrei nada além de amizade.

O triste da história é que também era míope pra perceber o interesse de alguém por mim. Míope é pouco, acho que era até meio burrinha pra essas coisas. Sempre pensava que não tinha nada a ver, que "aquilo" não era sinal nenhum, que o mocinho estava me tratando normalmente. Tenho certeza dessa miopia-burra porque já soube uma ou duas vezes, milênios depois, que sim, o cara estava afim de mim. E aí já era tarde demais.

Agora vocês podem estar pensando "hum, se ela colocou os verbos no passado, significa que evoluiu, não?". BÉÉÉÉÉ! Errado.

Coloquei tudo no passado porque não chego nem a pensar mais nessas coisas. Se uns tempos atrás eu acreditava que o amor não encaixava mais na minha vida, agora raramente lembro que ele existe. É estranho, mas também é bom. Uma preocupação a menos, sacomé?

De qualquer forma, eu gostaria de ter essa habilidade para os relacionamentos... em caso de emergência.

       OK Go - No Sign of Life
Descobri hoje dois plug-ins para Winamp que considero muito úteis e bons. Quis compartilhá-los com vocês.

O primeiro deles é o Winamp KeyController. Como o nome já diz, permite criar atalhos para controlar absolutamente tudo do Winamp, do playback a playlists, cessando a necessidade de abri-lo a toda hora. É totalmente customizável.

O segundo é o Jammix Enhancer. Pra quem ouve música praticamente só no PC, não tem grana pra comprar um home theater e mesmo assim faz questão de um som bom (como eu), este plug-in é sensacional. Em resumo, ele proporciona mais qualidade: adiciona dynamic bass boosting, 3D e prologic surround, tem reverberação e boosting ajustáveis e redução de ruídos. Algumas pré-programações já estão prontas e ajudam bastante a encontrar uma configuração ideal.

:)

       Zurdok - Si Me Advertí
Ponto alto do dia: desvendar um dos mistérios do Desventuras em Série so-zi-nha. Hahah! A história é adorável demais, minha gente. Vou até postar a charadinha pra quem quiser gastar uns 2 neurônios e não tiver nada pra fazer. Coisa simples.

Resumindo, é o seguinte: os trigêmeos Quagmire foram raptados e escondidos em algum lugar da cidade. A única maneira de eles se comunicarem com os amigos é através de dísticos (um por dia) bem pouco explícitos e transportados/entregados por corvos. Os enumerei conforme a ordem que foram escritos:
7º livro - A Cidade Sinistra dos Corvos
1- Cá, por safiras, cativos estamos. Hora após hora, em terror aguardamos.
2- Até de manhã, não vai dar pra falar; Fechado e tristonho há de o bico ficar.
3- A que antes se lê contém uma pista, Recurso inicial que o bandido despista.
4- Isto é o que o olho nas letras já vê: Zás! Seus amigos, e C.S.C.

A pergunta vocês já devem imaginar qual é: onde estão os trigêmeos Quagmire?

Nota 1: "C.S.C." é uma sigla importante na trama, mas irrelevante para a resposta da charadinha. não vão precisar de (mais) spoilers;
Nota 2: os trigêmeos foram raptados para que um Conde roubasse a fortuna deles, a qual é composta por safiras;
Nota 3: a minha satisfação veio do fato de eu ter descoberto a resposta quando ainda estavam no 3º dístico. AEW. viva o ócio!

       Dogs - Soldier On
Minha vida parece ter entrado em câmera lenta desde o resultado do mestrado. Quero dizer, todo o 2007 foi devagar, mas agora é sacanagem. De lesma velha passou a bicho-preguiça cego com derrame.

Tudo está parado. Já escrevi dois emails à UNESC perguntando quando começarão as aulas, e nada. Até agora ninguém veio ver a casa. Não posso planejar absolutamente nada, só esperar, esperar, esperar.

Conforme o tempo passa - l... e... n... t... a... m... e... n... t... e... - fico tensa. As vozes na minha cabeça começam a gritar e por mais que eu tente ocupar os pensamentos com outras coisas é impossível ignorar o assunto. É importante. Vai virar minha vida de cabeça pra baixo, não me digam pra relaxar!

Por outro lado, enquanto lavo a louça em piloto automático (e na mesma ordem emocionante há 11 anos: copos, pratos, talheres, vasilhas, leiteira, coador, panelas, fôrmas) bolo algumas coisinhas para a futura casa. Baratas, é claro; o mote da minha estadia em Criciúma séra economia.

Por exemplo, pensei em como fazer um móbile de fotos bacana sem gastar muito, mais ou menos como este. Precisaria de transparências, cola branca colorida (oi, contra-senso?), furador de papel e algumas fitas ou argolas. Pescaram? Recorto as transparências no tamanho das fotos e colo duas metades, furo em cima e em baixo e uno os 'envelopes' com as fitas. Para pendurá-lo posso usar ganchinhos para panos de prato, assim não precisaria furar a parede - eles vêm com adesivo atrás.

Ou então uma espécie de armário (ou prateleira, sei lá) feito com aquelas caixas plásticas de supermercado. Posso pintá-las com tintas em spray e uni-las com barbantes tingidos na cor que eu quiser - aqueles corantes baratinhos são suficientes. Dá até pra fazer alguns desenhos com o barbante e mudar as caixas de lugar conforme a necessidade. Poderia utilizá-las na horizontal ou na vertical.

Ah, é tudo bastante agridoce. Aliás, bittersweet é o mais apropriado - como se traduz? Amargodoce? Doçamargo?

Que seja.

       KT Tunstall - Through the Dark
Qual é o problema das pessoas com gente branquela? Cansei de ouvir coisas como "tá precisando pegar um sol, hein?".

Precisando? Oi? Será que estão preocupados com a minha absorção de cálcio e este tempo todo os interpretei mal?

Bah. Morram e deixem minha melanina em paz, beijos.
Desde que me conheço por gente ouço música clássica: meus pais tinham uma coleção considerável de LPs de todos os grandes nomes do gênero. Perdi as contas de quantas vezes passamos horas e horas juntos na sala, em silêncio, só ouvindo. Pensávamos na vida, chorávamos ou até dançávamos abobalhadamente. Qualquer coisa, desde que não emitíssemos (muitas) palavras. Adorava esses momentos, apesar da minha pouca idade na época - isso durou até meus 12 anos, aproximadamente.

Por causa da convenção de não conversarmos e do meu pouco interesse pelas capas, não sei o nome de quase nenhuma música. No máximo, e muito raramente, sei o compositor. Uma das poucas exceções era uma do Villa-Lobos que idolatrava quando criança: "a música da Maria-Fumaça", Trenzinho do Caipira. Haha, acho que nunca vou esquecer disso. Enfim, só as reconheço pelo som, não pela pessoa. E amo, amo mesmo.

Entretanto, tenho uma relação esquisita com a música erudita (nome pomposo demais pro meu gosto). Ela desperta em mim coisas esquisitas. Parece pinçar meus sentimentos mais escondidos, por vezes até me deprime. Me dá saudades de coisas indefinidas, etc. Tenho que escolher os momentos certos para ouvi-la, os quais nos últimos anos têm sido praticamente inexistentes.

Hoje é exceção e estou me entupindo dela enquanto passo alguns CDs para o computador. E o mais surpreendente? Fez bem. Quem sabe não aprendo agora os nomes...

Nota 1: assim como falei uma vez sobre o jazz, não estou tentando soar esnobe. Se você cresceu ouvindo qualquer outra coisa não é mérito ou demérito algum, apenas diferenças de gostos e cultura familiares. Grata.

Nota 2: encontrei um CD aqui chamado Schubert's Greatest Hits. Hahah, parece nome de coletânea da Som Livre, tipo Loving You. Sensacional.

       Claude Debussy – Rêverie
Estava pronta para fazer um post lacrimejante contando que estava preocupada: não me interessava por mais nada. Havia uma ou duas dezenas de livros esperando por mim e mais umas outras seis de filmes, mas nada me empolgava. E quando empolgou, me decepcionei - talvez justamente por andar tão inerte e azeda.

Quando comecei a organizar o quiz abaixo, a princípio coloquei o Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças na lista. Mas pensei bem, e adivinha: o filme não me empolga tanto quanto antes. O substituí pelo Desventuras Em Série e surgiu uma vontadezona de revê-lo; resolvi procurá-lo e caí numa comunidade em que disponibilizavam links para todos os 13 ebooks da série (o filme é sobre os 3 primeiros). Esbugalhei os olhos e baixei todos, mas depois de olhar a pasta com aqueles .pdf...

Pausa
Acho cansativo e desconfortável ler no computador, não tenho muita paciência pra isso - tô com o Noites Brancas há uns 3 anos no PC e não passei da 40ª página, por exemplo. Nada substitui um livro de verdade. Livro tem que ser tocado, transportado, folheado. O prazer de sentir o cheiro de um novo ou de ver as marcas de um antigo faz parte do prazer da leitura. Quero dizer, pra mim é assim. Quando eu crescer pretendo ter minha própria biblioteca e blablabla mimimi.
Despausa

... pensei que seria mais uma coisa que delicadamente empurraria para o lado. Mas ah, vamos dar uma olhadinha, né?

Ele é escrito numa linguagem extremamente simples (afinal, é teoricamente infantil), dá muitos spoilers e às vezes é até irritante com as constantes explicações de palavras e expressões difíceis como "faleceram", "escaldada" e "dormindo de modo descontínuo". Apesar disso, não consegui desgrudar mais. Leio pouco mais de um livro por dia, mesmo sob o risco de terminar zarolha.

Fala a verdade, como não gostar de uma série/história que:

1_ Tentaram proibir nas escolas sob a alegação de que promove pensamentos negativos nas criança (viva Palmirinha);

2_ Começa dizendo que é desagradável e que nada impede que você deixe o livro pra ler coisas mais alegres (a insistência para largá-lo continua ao longo das páginas) e tem como dedicatória Para Beatrice — querida, adorada, morta;

3_ Diz que a Chapeuzinho Vermelho é uma tonta ou, sobre O Menino e o Lobo, "A moral da história, é claro, deveria ser: 'Não more jamais num lugar onde os lobos passeiam à vontade', mas quem leu para vocês a história provavelmente terá dito que a moral era que não se deve mentir. Ora, essa é uma moral absurda, pois tanto vocês como eu sabemos que às vezes mentir não somente é bom como é necessário".

3_ Tem como uma das personagens a Tia Josephine, que sente medo do fogão porque pode explodir, do capacho porque alguém pode tropeçar e quebrar o pescoço, da maçaneta porque pode se quebrar em milhões de pedaços, da ..., do ... É minha preferida até agora;

4_ É contada numa atmosfera sombria, gótica e fantástica, como se fosse um filme do Tim Burton;

5_ Etc. Tá bom já, né? Vou parar por aqui pra não ficar muito cansativo. Quem por acaso quiser saber mais, pode dar uma olhada aqui e aqui.

Vocês podem até achar que estou regredindo ou que é bobo demais, fiquem à vontade. Mas esses livros são exatamente do que eu estava precisando agora.

       The Pipettes - Pull Shapes
OK, já que não acertaram os 15 filmes é todo mundo mulher do padre.

Aqui vão as respostas do post anterior (se não quiser saber, pula essa parte, rápido!):
1_ Beleza Americana
2_ A Bela e a Fera
3_ Bonequinha de Luxo
4_ A Noiva Cadáver
5_ Desventuras em série
6_ Um Dia de Cão
7_ Dogville
8_ O Fabuloso Destino de Amélie Poulain
9_ Clube da Luta
10_ Felicidade
11_ Alta Fidelidade
12_ Corra, Lola, Corra
13_ Encontros e Desencontros
14_ Magnólia
15_ Um corpo que cai

Obrigada por participarem e continuem em dia com o carnê do Baú.

       Queens of the Stone Age - The Sky is Fallin'
Vi no blog de Donamanda este quest de filmes e resolvi copiar na cara dura. Pra quem também quiser fazer, as regras que ela criou são as seguintes:
1- faça uma lista de seus filmes favoritos (não pense demais, os 15 primeiros que vierem à cabeça está bom)
2- procure fotos de cenas desses filmes
3- poste em seus blogs e veja quem adivinha o nome deles primeiro


Peguei meio pesado em alguns, sei que não serão fáceis de adivinhar. Mas outros estão mamão-com-açúcar, fala a verdade:






E aí?

       Doves - Snowden
Da série perguntas cujas respostas mudarão o futuro da humanidade:

Por que os apresentadores de jornal se esforçam tanto para pronunciarem corretamente nomes em inglês, francês e até árabe, mas não em espanhol?

Por que continuam dizendo "rorras" (Rojas) e "vilavicencio" (Villavicencio)? Por quê? POR QUÊ?

É aviltante.

       Candie Payne - Hey Goodbye
Já deu pra perceber que adoro testinhos de internet, né? Geralmente são tontos e sem lógica.

Pois é, mas este não me pareceu tão fora da realidade:
Click to view my Personality Profile page

       Donovan - Season of the Witch
Eis que quando voltei ao computador havia uma mensagem de Ana G no MSN. Dizia que Thiago Alonso, do Diário, estava fazendo uma reportagem sobre o Twitter, e que ela me indicou para que desse uma entrevista ao moço. Era domingo.

Me surpreendi e pensei ah, por que não? Afinal, era só dizer o que achava do troço e pronto. No big deal.

No dia seguinte pela manhã respondi por telefone a perguntas básicas, como "como conheceu o Twitter?", "há quanto tempo é usuária?", etc. E quando achei que estava tudo certo e encerrado, ouvi um "ahn... a gente pode tirar algumas fotos suas?".

Me surpreendi e pensei ah, por que não? Afinal, era só tomar banho dar um sorrisozinho na frente do PC e pronto. No big deal.

O fotógrafo ficou marcado para as 3 da tarde, e conforme o tal horário se aproximava eu ficava mais e mais nervosa com a situação. Especialmente porque considero ter o tino fotográfico da Regina Duarte; ao aceitar não devo ter me atentado a esse pequeno fato. Ah, não lembra como é o tino? Ajudo:



oi


Bateram palmas no portão, fui correndo atender. Era um cara do Prever que não acreditou quando disse que íamos nos mudar pra longe e não fazia sentido ter um plano de saúde agora. Pouco depois, um carro do jornal parou aqui na frente.

O fotógrafo fez cara de espanto quando disse que sim, eu sou a Joyde (daria 20 centavos pra saber o que ele pensou). E a partir daí foi uma série de poses do tipo fica a 5 cm do monitor com as mãos no teclado e sorri ou fica de costas, mas olhando pra mim com uma mão no mouse e outra no teclado. Não tinha como me sentir mais ridícula do que aquilo, não não.

"Mas você é muito séria! Tem que sorrir mais!". Pausa. Devo dizer o quanto ODEIO (assim, em maiúsculas) que me digam que preciso sorrir mais? Pausa dois. Devo dizer que eu já estava sorrindo, mas não me arreganhando toda e mostrando os dentes? Quis mandar o cara enfiar aquela câmera (maravilhosa, diga-se) no cooh.

Em lugar disso, comecei a fazer caretas e rir de nervoso. A minha boca tremia. Me senti o Grinch. Pausa pro Grinch:

Foram os 15-20 minutos mais longos dos últimos tempos. Vi as fotos na câmera. Senti a hecatombe se aproximando e agradeci aos céus por eu me mudar logo daqui. Pra variar, surtei.

Enquanto fazia minha almofada assisti Mulan e meu humor melhorou. Até agora dou risada com ela tentando cuspir "como homem", é ótimo. Não, não vai ter pausa para a Mulan cuspindo.

Quando tinha acabado de desligar o computador pra ir dormir, às 2 e pouco da manhã, ouvi o plof! do jornal sendo jogado no jardim. Esbugalhei os olhos e fui em seu encontro. Na última página do caderno D+ estava uma foto de meia página da minha cara.

Podemos brincar a la Onde Está Wally, inclusive. Encontrem: 1) um pedaço de pau; 2) pernas da minha mãe; 3) cabelo pós-twister; 4) teclado desligado do pc; 5) alguém que queimou a cara.

Acharam?

       MC5 - Kick Out the Jams

This USB Fridge is the only way to keep your drink cold while you're at your computer and it looks cool on any desktop. Takes 5 minutes to bring the fridge down to 8°C (47°F).


Hahaha, que lindeza nerd! Quero agora. Me dá, me dá!

Mais fotos aqui.

       cooler
Há séculos ouvia uma certa música de jazz que achava incrível. É bastante conhecida, mas nunca tinha conseguido descobrir o seu nome ou quem a tocava.

Acabei de saber por causa da trilha sonora de um filme: é  Herbie HancockCantaloupe Island, gravada em 1964.

Preciso dizer que recomendo?
Em meados de 2001, uma amiga me disse que tinha criado um diário virtual. Dei uma olhada nele e pensei "ah tá que eu vou querer um diário público! mal escrevo num caderno o que acontece, quem dirá pra todo mundo poder ver na internet!". Hum. Em dezembro do mesmo ano criei meu primeiro blog.

Escolhi um nome cafonérrimo - basta dizer que era parte de uma música do John Secada (!!!) que tocava nessas rádios light - e fiz um template todo colorido e fofuxo. Pus uma seção fixa onde falava bastante sobre mim, meus sonhos, playlists e textos divagando sobre inveja, orgulho e etecéteras. Ui.

Tempos depois o nome e o template mudaram, e nasceu o mega conhecido (haha) Shit Happens. Permaneceu assim por vários anos, até eu encher o saco e deletá-lo em 2006.

Logo depois criei outro no WordPress e não gostei. Foi pro saco também. Voltei pro Blogger com uma nova conta, o Shit (Still) Happens. A idéia era dar continuidade a todos esses anos - cafonas ou não.

O abandonei aos poucos.
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Há alguns dias quiseram que eu escolhesse a trilha sonora de um fim de tarde pacato. Não quis (sempre escolho os mesmos discos) e passei a tarefa adiante:

- Vou colocar Kenny G então.
- Kenny G? Ahhh não! (fazendo careta)
- Ué, você não gosta?
- Não.
- Como assim você não gosta de Kenny G?!?!

Jamais achei que ouviria essa. Alguém indignado por eu não gostar da referência intergalática do kitsch! Sensacional. De verdade.

Como dizem, gosto é como cooh mesmo. Kenny G não é música de elevador pra todo mundo (óbvio, já que o cara vende muitos discos - e nem todos devem ser destinados a amigos secretos de sacanagem). Nunca tinha pensado por esse aspecto, não no caso dele.
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Como disse em algum post passado, 2007 foi um ano bom, difícil e lento. E, além disso, foi uma preparação para uma vida totalmente nova que está por vir em breve. Não quis mais continuações. Precisaria ter um blog totalmente novo.

Mas e o nome?

Pensei em bonitinhos, como dandelion. É o nome de uma música que gosto muito (do Audioslave) e uma prantinha que acho adorável. O domínio já estava ocupado.

Ah, já sei então! So last week!. Ocupado.

Que seja sugarless! Nope.

Todos os que tinha pensado já tinham sido pensados por alguém antes. E a maioria era bem negativa ou irônica. Devem trazer maus fluidos, como diz O Segredo (pfffff).
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Pensando na morte da bezerra, lembrei da história do Kenny G. A música de elevador, que gera opiniões controversas e é vista como chata e irritante por quem não curte/conhece. Oh! Eu sou uma música de elevador!
(mentira, mas a idéia é por aí)

And here we are.



E pra você, o que/quais são as músicas de elevador?


* Amanda, não fazia idéia que tinha um disco do Ben Jor com nome parecido. Pesquisei e se chama Músicas Para Tocar Em Elevador.

       We Are Scientists - Textbook
<= No last.fm.

Achei bem legal a idéia do moço (não só porque fui contemplada, heh).

Pra ver o blog é só clicar.


       Ray Lamontagne - Trouble
Há alguns dias estava com uma sensação esquisita, talvez uma espécie de intuição. Tudo parecia prestes a dar errado. Mas como intuições não são 100% confiáveis, deixei pra lá - embora continuasse pipocando na minha cabeça a todo momento.

Resultado: fui mal interpretada (o que culminou em climão), tudo o que tinha conseguido melhorar no computador deu pau ontem, encontrei baratas nas minhas coisas, caí da escada ao colocar a cortina nos trilhos, blablabla, mimimi.

Alguém socorre?

       The Long Blondes - Lust in the Movies
Em tempo: eu gostava dos reality shows. Assistia e me divertia, admito. Quando os programas não eram tão manipulados pela produção e pelos próprios participantes, era curioso ver todo aquele caos. O negócio é que isso acabou há uns 6 anos.

Agora Fulaninha entra pro Big Brother com ensaio sensual feito e Sicraninho com bordões e histórias tristes pra contar para "o pessoal de casa" se enternecer. Virou novelinha com roteiro fabricado e não há mais variação nenhuma. Com certeza nesta edição haverá o time dos bons, o time dos malvados, o time dos excluídos, putaria nas festinhas e um casalzinho que se destaca como mártir, se descabelando quando um dos dois é indicado pra sair.

Aí não dá, né, Bial? Vira nojinho.


Mas mesmo assim todo mundo acaba assistindo, nem que seja de vez em quando. Ou não?

       The Hop - Radio Citizen