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Putz, 24 dias sem postar no blog e sem dizer coisa alguma a respeito. Inédito. Mas enfim, não precisam mais chorar de saudades, explico o que houve. Não, não estava na ilha de Lost (/piada batida).

No começo de tudo, minha vida andava tão empolgante quanto um canal de golfe, e, portanto, não tinha nada pra escrever. Ou até havia alguma coisa, mas achava extremamente canal de golfe, então deixei pra lá. Nem era nada ao nível Tiger Woods mesmo.

Depois, viajei pra Curitiba pra ver mãe & parentaiada. Foi rápido, meio na lökä, mas foi bom. Andei tanto por aquela cidade que me rendeu bolhas nos pés e um All Star novo da finalmente visitada Loja Vírus - insira muitos corações aqui. Tudo bem que no mesmo dia achei os mesmos tênis mais baratos em outro lugar, e que o cartão de memória que comprei para a câmera precisava (e ainda precisa) de um adaptador inachável de 10 reais, mas... belezera.

Como viajei, precisei bater ponto no laboratório da minha orientadora (no qual sou/serei vice-coordenadora, já contei?) durante toda a semana. Ela estava viajando e a Unesc de férias, calculem. Vou ilustrar pra tentar deixar a coisa mais emocionante (não entendi por que ficou esse espaço enorme aqui, deve ser pra dar suspense):













oi chegay rsrsrs


vista n°1

vista nº 2


leituras pendentes


tênis novos, muito conforto


& muito movimento

tchau



Ahhh, mas isso não é tudo! Meu estabilizador morreu no final de semana também. Depois de ter comprado um outro que não funcionava, voltado ao mercado pra trocá-lo e não haver mais nenhum, não desisti e fui a outro lugar pra adquirir um fofucho. Níquel o liguei (previamente testado na loja, é claro), o computador parou de funcionar. Fiquei quase 5 dias olhando pra este vazio:



Ah sim, e depois descobri que o computador não funcionava por causa do estabilizador novo. Sabe deos por que não reconhecia o HD ligado a ele. O formatei à toa, basicamente.

Mas oi, tô vivona rsrsrs.

KT Tunstall - Miniature Disasters (claro)
Meados de 2003, praça Raposo Tavares, Maringá - PR

Me dirigia ao ponto de ônibus quando uma cigana me fez parar. Gorda, roupas espalhafatosas, dentes e dentes de ouro, unhas compridas, cheiro estranho. Queria ler minha mão a todo custo; acabei deixando.

Segundo ela, sou uma pessoa muito boa e muito invejada. Teria que tomar cuidado com amigas que pela frente eram queridas e pelas costas me puxavam o tapete. Tudo o que eu quisesse realizar se tornaria verdade. Dois moços eram apaixonados por mim: um loiro, outro moreno. Eu seria muito feliz, mas teria que enfrentar bastantes obstáculos.

Ofereceu milhares de simpatias e a muito custo consegui dispensá-la.



Junho de 2008, praça Nereu Ramos, Criciúma - SC

Estava pensando na vida, observando as pessoas, quando uma mulher me ofereceu tapetes. Eram horríveis. Chinfrins, com pinturas de cavalos com artrose, Hello Kitty com hidrocefalia, essas coisas. Não quis. Ela baixou o preço. Não quis. Falou pra eu comprar pra parentes, pro cachorro, pro gato. Não, obrigada. Então ela se sentou ao meu lado e quis ler minha mão. Continuei de braços cruzados. Ela falou mesmo assim, com o olhar fixo em mim.

Segundo ela, sou uma pessoa muito boa e muito invejada. Tudo o que eu quisesse realizar se tornaria verdade. Duas moças eram minhas amigas de verdade: uma loira, outra morena. Eu seria muito feliz.
- Você sente dores?
- De vez em quando.
- De quê? Cabeça, estômago, costas?
- Meu estômago incomoda às vezes.
- Ansiedade, né? Você espera muito das coisas e fica mal quando não consegue. Desanimada.
(balancei a cabeça)
- Você tem fé?
- Um pouco. (menti)
- Tem que ter fé blablablablablablabla . Você tem fases com e sem amor, não é?
- Assim como todo mundo.
- Você precisa melhorar a sua fé.

E assim foi. Ofereceu milhares de simpatias, benzeu meu RG (tinha que repetir o que ela dizia) e a muito custo consegui dispensá-la. Não sem antes um

- Posso tirar uma foto da senhora?
- Pra quê?
- Eu gosto de tirar fotos.
- Ah, não (cara desconfiada, um passo pra trás). A gente precisa guardar as coisas aqui (apontou para a cabeça) e aqui (apontou para o coração). E ter fé.
- Tudo bem.

       The Killers - On Top
hoje andei pra caralho. Levei meu carro pela manhã no médico (os freios não andam bem e tava na hora de trocar a correia dentada) e fiquei zanzando na cidade até dar o horário do meu próximo compromisso, às 13:30.

Cortei o cabelo de novo, diário, mas tá a mesma coisa. Foi só pra manter o corte - embora minha franja tenha ficado bizarramente levantada depois de seca e eu tivesse vergonha de andar na rua, tipassim. E eu meio-que-recebi uma proposta de trabalho, sabia? A moça do salão chicoso sondou os meus horários pra saber se eu poderia me candidatar a ser a recepcionista de lá. Nunca me julguei simpática ao ponto de poder ser recepcionista, ainda mais de salão, mas, né... fiquei contente, mesmo que eu não possa trabalhar.

Então fiz fotos da parte bonita da cidade, diário:
ponto de ônibus ponto de ônibus praça do congresso praça do congresso praça do congresso praça do congresso praça do congresso praça do congresso praça do congresso praça do congresso praça do congresso praça nereu ramos praça nereu ramos


O dia tava tão bonito e agradável, o vento tão geladinho, que quis andar mais mesmo. Mas não tanto quanto tive que andar no final das contas, porque a duas quadras de casa lembrei que minhas chaves do apartamento tinham ficado no carro. E o carro vai passar a noite na oficina do outro lado da cidade, o que não tinha previsto. Gastei 8 reais de ônibus hoje, diário. E mais uma facada amanhã na manutenção do meu querido carro de cor indefinível azul/verde.

Mas eu gostei muito do meu dia, ok. Beijos.

       Big Star - Thirteen
E então que eu estava andando distraída por aí quando ouvi gritos de socorro. Eram muito angustiados, aterrorizados, finos. A princípio, t(r)emi. Gritos de socorro obviamente nunca são bom sinal. De qualquer forma, resolvi enfrentar o medo e procurar a sua origem.

Até que a achei.

Me leva pra casa! Me leva pra casa! POR FAVOOOOOOOOOR, estamos até em promoção! Socooooooorro! Socooooooorro!


E aí é claro que eu ajudei, né. Pobres copos-de-bolinha indefesos... vocês estão a salvo no meu armário agora.

Não temam mais.

       The Raconteurs - Yellow Sun
How Long Could You Survive Trapped In Your Own Home?
OnePlusYou Quizzes and Widgets


Em vista dos últimos dias, acho que até poderia ser mais que isso. Bem mais.

Até porque... boas notícias! O vizinho escarrante não tem escarrado mais. Deve ter comprado um bom expectorante ou tomado uma boa dose de Simancol.

Agora ele só assoa o nariz ruidosamente durante o banho.
Todos temos hábitos e manias, fato. Eu sempre tomo banho e lavo a louça na mesma ordem. Mas é claro que não vou achar que minha vó vai morrer se eu trocar um braço por uma perna ou um copo por um garfo daquela ordem. Também sempre calço primeiro o pé direito e a primeira coisa que faço ao acordar é ligar o computador. Inofensivo.

Também existem pessoas, por exemplo, que comem de boca aberta - e aí já fica um pouco mais complicado. Você pode fingir que está sem fome ou que está tendo uma convulsão pra fugir das refeições com tão adoráveis companhias. Se não der certo, o negócio é fingir que é um pedreiro(a), enfiar a cara no prato e comer o mais rápido que puder, sem esquecer de cantar um LALALA bem alto na cabeça pra evitar o som pastoso do "nhoc nhoc" à sua frente. Concentra-se bastante pra não desviar o olhar e correr o risco de ver arroz e feijão semimastigados na boca escancarada - com aquele grãozinho grudado no canto da boca balançando ao ritmo dos movimentos maxilares - e fica tudo bem. Você pode viver o resto do dia sem muitos sobressaltos, torcendo pra não virar um adepto de flashbacks de visões do inferno. É meio perigoso, mas se sobrevive.

Então chegamos à categoria mais crítica de hábitos e manias: as de que não podemos fugir.

De sábado para domingo fui dormir bem tarde, fiquei lendo até as 4 e pouco da manhã. Dormia muito contente e quentinha quando acordo às 9:30 com um som. Não, som é demais, fui acordada por bagulho parecido a cachorro engasgado com osso. O troço ecoava pelo meu apartamento, e só depois de alguns segundos entendi o que era: a escarrada matinal do meu vizinho.

Se fosse só uma vez por dia, quiçá 3 vezes, tudo bem. A gente sobrevive ao nojinho e tenta se conformar, como no caso da boca aberta. Mas não. É o tempo inteiro. Praticamente todos os momentos poéticos que vivi aqui foram interrompidos por catarros alheios. Toda vez que os escuto sendo expelidos me contorço e meu estômago revira. E o pior: aliando isso à minha outra mania - a de visualizar tudo - é de foder a vida.

O que fazer?

Hipótese 1: falar com o vizinho
Imagino a coisa assim:

Bato à porta. Uma moça atende.
- Oi, sou a sua vizinha aqui do 96. Gostaria de falar com o responsável pelo escarro da casa.
- Só um momentinho. (Grita para dentro do apartamento) Pai!
Os outros habitantes me encaram. Dou um passo para o lado a fim de sair do campo de visão. Um homem de meia idade, camisa puída e calça amassada me recebe. Sua cara é igualmente amassada.
- Pois não?
- Oi, ahn, eu sou sua vizinha aqui do lado, e... desculpa, mas preciso dizer que quando o senhor escarra me incomoda muito. Parece até que está dentro da minha casa.
- Ah é? (Indiferente)
- Sim. O senhor poderia, pelo menos, fazer isso com a janela do banheiro fechada?
- Olha, preciso de ar fresco porque tenho alergia. Não dá não.
- Mas...
- Olha, fia, você passa a noite inteira com música ligada e eu nunca reclamei, mas me incomoda.
- É mesmo? Se eu desligar a música pra sempre o senhor pára de escarrar?
Recebo uma cara amassada e enfastiada. E a porta na cara.

Hipótese 2: falar com o síndico
Eu não faço a menor idéia de quem é o síndico.

Hipótese 3: falar com a mãe do vizinho
A véia já deve estar morta de tanto desgosto.

Hipótese 4: chorar
Ajuda, especialmente se eu chorar mais alto que as escarradas.

Hipótese 5: método O Segredo
Posso colar um cartaz no teto do meu quarto pra, toda vez em que acordar, ver o "quero que meu vizinho morra engasgado com o próprio catarro" escrito. E visualizar a cena com muita fé, várias vezes por dia. Vai que dá certo...

Hipótese 6: usar fones de ouvido
É uma boa, já que não preciso me preocupar em ouvir o telefone ou a campainha - eles nunca tocam mesmo. Acho que vou pôr isso em prática.

Hipótese 7: grunhir e xingar alto ao ouvir os barulhos
Isso já está em prática.


É a maravilhosa vida em sociedade. Um brinde!


       Globo Esporte


* Nota: enquanto escrevia este post, o vizinho escarrou 2 vezes.
Oi, lembram de mim? Digam que siiiiiiim! Haha.

Antes de tudo queria agradecer a vocês por não deixarem o blog morrer. Sempre alguém deixa um comentário pra tentar continuar as coiza, e acho bonito. Sério. Obrigada.

Sumi porque, bem, estou numa corrida maluca. E também porque não tinha mais vontade de escrever. Não tomem como desprestígio, please, foi pura coincidência eu ter fechado o blog pra convidados e parado de escrever ao mesmo tempo. Precisava colocar idéias no lugar, me adaptar melhor, essas coisas... Não tenho uma justificativa única nem muito sólida, mas enfim. Eu sei que vocês vão entender.

E então o post propriamente dito.

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Várias pessoas me pediram fotos do apartamento, e eu prometi que mostraria. Não esqueci. O negócio é que parecia que eu simplesmente ainda não tinha um. Olhava para os cômodos vazios e as paredes peladas e isso não me remetia nada a uma casa. Não à minha casa.

Um cômodo em especial, o que deveria ser o quarto de estudos, me incomodava profundamente. Ele estava cheio de caixas (com coisas que não poderiam ser tiradas de lá por não haver onde colocá-las), poeira e desgosto. Quase não entrava lá, ficava deprimida só de olhar. Em uma época cheguei a deixar a porta fechada pra esquecer que existia (e funcionou! haha). Pra ilustrar - e olha que aí já estava até bonitinho:



E então que há coisa de um mês (creio) comprei uma mesa e uma estante usadas. A estante estava em estado de miséria e precisava ser reformada - a vendedora da loja até deu um sorriso de escárnio quando disse que ia levá-la. Fui na loja de tintas aqui da frente de casa e também comprei tinta e acessórios pra o extreme makeover.

Demorou séculos, nunca dava tempo de avançar muito. Postei a sequência no flickr, inclusive, vocês devem ter visto (pra quem perdeu, 1, 2, 3 e 4). A bichinha ficou bacana e eu duplamente satisfeita: pelo trabalho ter valido a pena e por finalmente poder organizar o bendito cômodo.

Hoje terminei tudo. Nem acredito, há meia hora o quarto de entulhos sofreu metamorfose e se tornou quarto de estudos. O meu. Meuzinho. Ahhhhhhhhhh.




Agora só falta tomar vergonha na cara e estudar mesmo. Heh.

       The Jesus & Mary Chain - Just Like Honey
Então que o professor de Sociedade, Meio Ambiente e Desenvolvimento pediu que chegássemos 15 minutos mais cedo na aula de sexta-feira pra andarmos "uns 2 ou 3 quilômetros até um lugar bem legal". Ou seja, às 7:45 da manhã. A pé. Calculem a alegria da pessoa aqui.

Cheguei pontualmente, mas acabamos saindo atrasados (imaginável) e em carros. Alegria. Fomos até uma chácara meio hippie-mística chamada Oikos. Bem bonita, tivemos aula a manhã inteira por lá (site e fotos do lugar) deitados em colchonetes e ouvindo patos.

< content supressed >

Eu definitivamente não sou o tipo de pessoa que manda outra ir se foder. Ainda mais um semiconhecido. Quando é com conhecidos, o xingado até dá risada se você o chama de corno ou viado. Neste caso não. E me deu dor de consciência.

Mas sabe que é uma sensação boa? Xingar pessoas na face é interessante.

       Kubichek! - Nightjoy
Sempre me contam que desde muito pequena eu tinha uma ligação com bichos e plantas. Da turminha da pré-escola era eu quem cuidava dos casulos das borboletas, observava formigas, pegava cobras-cegas pra mostrar pros coleguinhas e causar faniquitos na professora, etc. E também adorava plantar feijão no algodão. Adorava mesmo. Até crescida eu gostava de fazer isso - mesmo jogando fora o pobre pé depois.

Como vocês sabem, anos depois me tornei bióloga. E eu odiava as aulas de botânica, tanto do colégio quanto da universidade. Achava um saco, não entendia nada, tive professores que não facilitaram nada. Minhas habilidades jardineiras evoluíram 0%: um feijão no algodão era o máximo que eu conseguia.

Vejam bem. Tentei plantar tulipas: não vingaram. Tentei plantar girassóis: nasceram raquíticos e viraram comida de formiga. Tentei manter um cacto: morreu afogado. Nada, nada dava certo. Com isso, era minha mãe quem cuidava das (muitas) plantas da casa de Maringá. O máximo que eu podia/conseguia fazer era regá-las na ausência de momis - e mesmo assim o sorriso delas parecia mais verde na presença da minha querida progenitora. Mal agradecidas. Hunf.

Mas como sou teimosa e a esperança é a última que morre (haja vista minha extensa lista de matanças botânicas, deve ser a última a morrer mesmo), resolvi tentar mais uma vez. Incorporei meu espírito de tiazona cultivadora e comprei sementes pra minha hortinha. Haha! Sim, hortinha.
coentro, hortelã, cebolinha, florzinhas


Me equipei de duas jardineiras, terra adubada, argila expandida, paciência. Fiz uma sujeira sem precedentes na sacada (also known as furei o saco de terra sem querer e não vi - hello, dorks!), plantei tudo. Já reguei duas vezes. Mas ainda não conversei com elas, tô meio tímida. Vai que sou toda simpática e as mato no dia seguinte, né?

Desejem-me sorte.


Pensando bem... acho que é melhor desejar sorte para as pobrezinhas.

       Elastica - Line Up
O que você faz numa sexta-feira à noite? Lê um livro? Sai pra balada? Vai na buátchy? Enche a cara em casa? Vê filme? Dorme?

Eu faço coisas assim às vezes:

say hello to my little friend


Heh.

Pra quem não entendeu ou não cansa de ver, a origem:


Blur - Coffee & TV


(é claro que eu não desenhei a caixinha, peguei o modelo na internet. heh.)


UPDATE: pra quem também quiser fazer, basta entrar aqui, baixar o modelo, imprimir, etc. basta ter um pouquinho de paciência, enfim :)

       The Killers - Shadowplay
Olá, eu sou a Joyde. Se lembram de mim? Heh.

Desculpem a ausência, estive ocupada vivendo um pouco. Não, não quero soar esnobe. Quero soar satisfeita. O fato de não ter ficado muito grudada no computador nos últimos dias me deixou contente, apesar do distanciamento. Mas eu sempre volto, beibes.

O que aconteceu nesta semana foi uma pancada de desimportâncias pra vocês, mas que pra mim valeram muito. Praticamente uma ego week. Tipo ser elogiada pelo dono de um estacionamento ("ela pode não saber a placa do carro, mas tem um ótimo golpe de vista pra estacionar"), ouvir da cabeleireira que minhas sobrancelhas são lindas e sair de lá com um novo corte de cabelo que ficou bacana. Ou então receber elogios dos professores e colegas do mestrado pelas minhas apresentações de seminário. Ou, ainda, finalmente poder comprar um edredon com estampa de bolinhas que eu namorava havia séculos.

Se eu lesse isso em algum outro blog diria "bah". Podem dizer também. Sei que isso só significa algo pra mim (especialmente porque a semana anterior foi a loser week). Então, em coro: BAH!.

Aliviados? Continuemos então.

O negócio é que, além de tudo isso que contei, estou apaixonada. Perdidamente apaixonada. Pelo mestrado, é claro, porque estou focando no profissional since 1947. Voltei a sentir um prazer imenso em estudar, e isso não é nem um pouco digno de um bah!. Diria que está mais para um ê!. Né não?

Apesar do cansaço, da grande quantidade de coisas pra fazer, da gripe que me derrubou no começo da semana, faço tudo de boa vontade. Me encanto pelas teorias que aprendo (e a bola da vez é a teoria do pensamento sistêmico), penso a respeito delas e me identifico. Pra mim, descobrir autores que traduzem o que penso e sinto é simplesmente fantástico, me faz muito feliz (é sério!). Entro em sublime mode e permaneço ali por um bom tempo por conta dessas coisas.

Tenho me sentido mais leve, perceptiva e receptiva. E a cada vez em que encosto a cabeça no travesseiro e faço uma retrospectiva do dia, penso que fiz a escolha certa.

Que vale a pena.

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Mas eu não vivo no reino encantado e estou em crise com o blog. Ao visitar outros aleatoriamente achei o meu sem conteúdo algum. Diarinho. Recheado de coisas inúteis, que não adicionam nada na vida de ninguém, sem graça.

Nunca quis ter milhões de visitantes (sempre tem pelo menos um babaca no meio deles) ou ser convidada da Marimoon pra falar sobre blogs na MTV (eca). Mas sempre quis fazer algo com um mínimo de relevância.

Fecho ou não fecho o blog só para convidados pra ter mais liberdade de expressão (tipo falar mal da roupa da fulana - HAHA BRINK'S)? Continuo assim ou falo de física subatômica? Chamo o cara lá embaixo que tá buzinando sem parar de corno ou não?

Eis a questão.

       The Smiths - Stop Me If You Think You've Heard This
Jents! Preciso compartilhar isso.

Ouçam até o final e com um volume razoável, por favor:

Isso é o barulho que o vento de tempestade faz aqui no prédio. E o detalhe é que as portas e janelas estão todas fechadas. Ui!
A minha idéia era de só voltar aqui quando tivesse algo interessante pra contar. Uma semana se passou desde o último post... e nada aconteceu.

Só tenho insignificâncias. Por exemplo, odeio a cortina do box - ela fica voando e grudando em mim. Fiz um sukiyaki muito bom esses dias - não sei se é assim que escreve. O apartamento suja demais - a eterna poeira preta criciumense. Quando fui à Unesc dias atrás vi um Uno inserido num dos bares em frente - derrubou uma coluna, dizimou uma parede e ficou entalado.

Passo os dias vendo filmes, comendo e olhando o movimento pela sacada. As luzes acendendo e apagando nos outros prédios, as pessoas saindo cheias de sacolas do supermercado ao lado, buzinas o tempo todo, sacadas alheias desertas. A conta bancária negativa.

Queria contar o quanto está sendo gloriosa minha vida de sozinha, mas ela continua extremamente ordinária. Talvez a única novidade seja que nada pára no meu estômago. Almocei 3/4 de pêra e suco de laranja, e mesmo assim estou enjoada.

Ah, la dolce vita.
Sabe ódio gratuito? Já tive por várias pessoas, tipo a Cameron Diaz (sabe-se lá por quê) e a Britney Spears. Não tenho mais antipatia por elas, mas agora tenho um novo eleito: chama-se Cacau Menezes. Ele apresenta uma parte do Jornal do Almoço daqui e é muito, mas muito, blé. Vejam por si mesmos:



E pelo visto não sou só eu que acha isso...
Na viagem pra cá, minha mãe disse que sou arrojada e concentrada para dirigir na estrada. Modéstia à parte, acho que sou mesmo. Não tenho medo e gosto; em todo o caminho lembro de ter feito apenas uma caquinha: entrar rápido demais numa curva da serra.

Já em Criciúma... eu tremo. Literalmente. Não troco as marchas direito, ando na contramão em rua de mão dupla, me distraio, sempre acho que me julgam por ter placa de fora. Checo os caminhos que devo fazer 68867894038 vezes e invariavelmente acho que vou errar. Nunca errei, mas caio em todos os buracos do caminho. Enfim, é uma catástrofe.

Pode ser coisa de caloura no trânsito pesadinho e caótico daqui, mas isso me dá nos nervos. Qualquer dia desses passa.

E aí é capaz que me torne a Sra. Wheeler:



(mentira.)


       The Broken West - Baby On My Arm
Em junho do ano passado estive em Santa Rosa, a cidade da Xuxa (pra quem quiser ler o diário dessa viagem, é aqui). Fui sozinha e passei bastante tempo à toa, sem tv a cabo ou computadores com internet por perto.

Numa dessas ocasiões de ócio total, estava zapeando canais e parei numa mesa redonda (aquele programa da Leda Nagle) sobre organização da casa. Havia engenheiros, arquitetos, médicos, artistas, blablabla, falando do assunto, e aí foi a vez de uma mulher contar a sua história. Ela era do tipo de pessoa que acumulava milhões de inutilidades domésticas: tinha dó de jogá-las fora ou achava que poderiam tornar-se úteis algum dia - até o dia em que ela se "converteu" ao budismo.

Como vocês sabem, o budismo prega o desapego, e partindo desse princípio ela se livrou de quase tudo o que tinha. Ficou com apenas dois jogos de roupa de cama, duas toalhas para cada habitante da casa, poucas panelas, decoração minimalista, etc, etc. Disse que se sentiu ótima ao fazê-lo e que as energias da casa ficaram bem mais amenas e gratificantes.

Quando ouvi isso, achei extremamente estúpido. Deve ter me rendido milhares de caretas de desprezo. Pensei "você passa a vida inteira tentando juntar o que quer e de repente se livra de tudo? e ainda por cima acha legal?! bah!".
Mordi a língua, pouquíssimo tempo depois. Jogar coisas fora é ótimo, faz bem e te deixa mais leve sim.

Por exemplo, hoje foi o dia de revirar armários. Encontrei de notas fiscais de 1997 a meu primeiro walkman (que pesa uns 3kg). Pra quê eu guardava tudo isso? (ah, e é bom dizer: não me considero uma pessoa que guarda milhões de cacarecos)

Somado ao alívio de mandar pro lixo esse tipo de coisas, tive a alegria de encontrar tesourinhos. As bonecas preferidas, os raros bichos de pelúcia que adoro até hoje, roupas dos áureos tempos em que vestia tamanho M... E a primeira trilha sonora que comprei na minha vida:


E certamente esse é o álbum que mais ouvi na minha vida. Até hoje sei decoradas todas as letras, os nuances das músicas, os coros, tudo tudo tudo. Que lindo. Tinha uns 6 ou 7 anos nessa época.

Mas nem tudo são flores, especialmente para quem nasceu na década de 80 e enfrentou as piores modas da história universal. Ombreiras, permanentes no cabelo, polainas, cós alto, maquiagem fosforescente, dance music... Todas essas breguices que (hoje) são engraçadinhas.

Ah, na verdade uma imagem agora vale mais que mil palavras:

oi 1990! te amo lá fora!


Desapeguei to-tal.

(mas não joguei fora)

       Get Set Go - I Hate Everyone
Sou daquelas pessoas que têm milhares de sonhos de consumo. Dos mais fúteis - como quinquilharias de papelaria - até os mais úteis - como conjuntos de panelas. São tantas as coisas que acho interessantes e bonitas e que gostaria de ter que creio que jamais conseguiria fazer uma lista com todas elas.

Hoje fui ao supermercado com a minha mãe e surtei em cada gôndola por que passava. Tudo parecia lindo e se encaixava perfeitamente com o que queria. Mas, apesar de ser super querona (não apenas com materialidades), me contive e não comprei absolutamente nada.

Me contive mesmo quando vi uma pequenina xícara preta de bolinhas brancas escondida no fundo da prateleira, o mimo mais magnífico ever. A segurava como se fosse a coisa mais valiosa do mundo, quase dei beijinhos... mas custava 8 reais. Absurdo demais por uma xícara de 4 centímetros de altura. Não, não dá.
* sim, sou maníaca por bolinhas
** sim, sou querona, mas não preciso frequentar os devedores anônimos


MAS, hoje a senhora-dona-minha-querida-mãe realizou o meu sonho de consumo número #8,59. E custou uma pechincha, vejam só que lindo. Agora tenho...

oclões! oclões! oclões!

*** perdoem o cutout tenebroso, ignorem a corcunda. obrigada.

Tá, eles nem são tão grandes assim, eu sei. São os maiores que eu já tive, fato. E pretendo evoluir no tamanho deles até me parecer com, ahn... a alma gêmea dele:

muah.


(será que já mencionei que sou exagerada?)

       The Von Bondies - Pawn Shoppe Heart