Então que o professor de Sociedade, Meio Ambiente e Desenvolvimento pediu que chegássemos 15 minutos mais cedo na aula de sexta-feira pra andarmos "uns 2 ou 3 quilômetros até um lugar bem legal". Ou seja, às 7:45 da manhã. A pé. Calculem a alegria da pessoa aqui.

Cheguei pontualmente, mas acabamos saindo atrasados (imaginável) e em carros. Alegria. Fomos até uma chácara meio hippie-mística chamada Oikos. Bem bonita, tivemos aula a manhã inteira por lá (site e fotos do lugar) deitados em colchonetes e ouvindo patos.

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Eu definitivamente não sou o tipo de pessoa que manda outra ir se foder. Ainda mais um semiconhecido. Quando é com conhecidos, o xingado até dá risada se você o chama de corno ou viado. Neste caso não. E me deu dor de consciência.

Mas sabe que é uma sensação boa? Xingar pessoas na face é interessante.

       Kubichek! - Nightjoy
A questão é: quais são as 8 coisas que eu gostaria de fazer antes de morrer?
Nada muito original ou fantástico. Vejam só.

1. voltar pra Monterrey
Isto até poderia entrar no nº 4, mas é algo tão específico que resolvi reservar um tópico só pra ele. Monterrey é onde morei por 4 anos e uma cidade que me marcou absurdamente. Quero voltar pra lá, ver o centro antigo, os lugares onde vivi e que provavelmente não existem mais. Percorrer as ruas estreitas com fones de ouvido e mãos nos bolsos, de preferência com frio, muito frio. E aí dar a questão como encerrada e voltar pra casa.

2. contribuição profissional
Quero fazer algo bom no âmbito profissional, realmente bom. Que mude alguma coisa, mesmo que seja pequena. Que melhore. E que eu seja reconhecida por isso. Sem bajulações ou serpentinas, porque isso é detestável. É só de um parabéns sincero e merecido que preciso.

3. ser DJ por algumas noites
Ser DJ por algumas noites em algum lugar bacana. Ponto.

4. viajar & fotografar
Acompanhada ou não, com grana sobrando ou não, eu quero viajar por aí. Pra qualquer lugar interessante. E com minha câmera na bolsa, óbvio.

5. cuidar de bichos
Esse é um devaneio bem antigo: quando estiver perto de me aposentar e com um pé-de-meia razoável, quero ter um lugar bonito e organizado pra cuidar de bichos. Esses que ninguém quer, que são feios/aleijados/doentes, que são maltratados e não têm pra onde ir, sabem? Eu quero. E cuido.

6. amor & filhos
Clichê absoluto. Encontrar um cara legal, casar/juntar, ter um ou dois rebentos bem educados. E eu penso em casar de noiva, por mais antiquado que isso seja. Sem viadices de babados e bordados, é claro, mas com um vestido bonito, branco... e de noiva. Mas sem padres ou igrejas, pelamor!

7. gostar mais de mim
Eu gosto de mim, não me entenda mal. Mas pra gostar mais ainda, pra ser bão, preciso mudar algumas coisas. Especialmente no "aparente". Algum traquejo social também seria bem-vindo. Ser meio autista não me incomoda em nada, mas não é muito simpático com os outros que me importam.

8. acervos particulares
Discos, livros, filmes, o que seja. Contanto que sejam meus, que signifiquem. E que estejam guardados em um lugar apropriado, claro.

       Supergrass - Time
Sempre me contam que desde muito pequena eu tinha uma ligação com bichos e plantas. Da turminha da pré-escola era eu quem cuidava dos casulos das borboletas, observava formigas, pegava cobras-cegas pra mostrar pros coleguinhas e causar faniquitos na professora, etc. E também adorava plantar feijão no algodão. Adorava mesmo. Até crescida eu gostava de fazer isso - mesmo jogando fora o pobre pé depois.

Como vocês sabem, anos depois me tornei bióloga. E eu odiava as aulas de botânica, tanto do colégio quanto da universidade. Achava um saco, não entendia nada, tive professores que não facilitaram nada. Minhas habilidades jardineiras evoluíram 0%: um feijão no algodão era o máximo que eu conseguia.

Vejam bem. Tentei plantar tulipas: não vingaram. Tentei plantar girassóis: nasceram raquíticos e viraram comida de formiga. Tentei manter um cacto: morreu afogado. Nada, nada dava certo. Com isso, era minha mãe quem cuidava das (muitas) plantas da casa de Maringá. O máximo que eu podia/conseguia fazer era regá-las na ausência de momis - e mesmo assim o sorriso delas parecia mais verde na presença da minha querida progenitora. Mal agradecidas. Hunf.

Mas como sou teimosa e a esperança é a última que morre (haja vista minha extensa lista de matanças botânicas, deve ser a última a morrer mesmo), resolvi tentar mais uma vez. Incorporei meu espírito de tiazona cultivadora e comprei sementes pra minha hortinha. Haha! Sim, hortinha.
coentro, hortelã, cebolinha, florzinhas


Me equipei de duas jardineiras, terra adubada, argila expandida, paciência. Fiz uma sujeira sem precedentes na sacada (also known as furei o saco de terra sem querer e não vi - hello, dorks!), plantei tudo. Já reguei duas vezes. Mas ainda não conversei com elas, tô meio tímida. Vai que sou toda simpática e as mato no dia seguinte, né?

Desejem-me sorte.


Pensando bem... acho que é melhor desejar sorte para as pobrezinhas.

       Elastica - Line Up
O que você faz numa sexta-feira à noite? Lê um livro? Sai pra balada? Vai na buátchy? Enche a cara em casa? Vê filme? Dorme?

Eu faço coisas assim às vezes:

say hello to my little friend


Heh.

Pra quem não entendeu ou não cansa de ver, a origem:


Blur - Coffee & TV


(é claro que eu não desenhei a caixinha, peguei o modelo na internet. heh.)


UPDATE: pra quem também quiser fazer, basta entrar aqui, baixar o modelo, imprimir, etc. basta ter um pouquinho de paciência, enfim :)

       The Killers - Shadowplay
Tô pra postar isto aqui há milênios.

Gastem 2 minutinhos assistindo à reportagem antes de ler o post, por favor:



Essa matéria passou no Jornal do Almoço da versão estadual e regional (ou seja, tiveram o extremo bom senso de passá-la duas vezes num intervalo de 20 minutos). Mas esse não é o ponto. Quero destacar a reação das apresentadoras depois de verem a reportagem.

Florianópolis
As duas moças superproduzidas fizeram beicinho, cruzaram os braços em pensamento, franziram o cenho. Do alto de toda a sua indignação burguesa disseram um "que absurdo" sem muita emoção, balançando levemente a cabeça. Depois de um segundo voltaram a sorrir para a próxima reportagem - uma feliz, pra não espantar a freguesia.

Criciúma
A apresentadora olhou com sangue no olho para a câmera por meio segundo.
E proferiu, em alto e bom som: "isso, agora chora".

Heh.

Criciúma é tr00, minha gente.
Olá, eu sou a Joyde. Se lembram de mim? Heh.

Desculpem a ausência, estive ocupada vivendo um pouco. Não, não quero soar esnobe. Quero soar satisfeita. O fato de não ter ficado muito grudada no computador nos últimos dias me deixou contente, apesar do distanciamento. Mas eu sempre volto, beibes.

O que aconteceu nesta semana foi uma pancada de desimportâncias pra vocês, mas que pra mim valeram muito. Praticamente uma ego week. Tipo ser elogiada pelo dono de um estacionamento ("ela pode não saber a placa do carro, mas tem um ótimo golpe de vista pra estacionar"), ouvir da cabeleireira que minhas sobrancelhas são lindas e sair de lá com um novo corte de cabelo que ficou bacana. Ou então receber elogios dos professores e colegas do mestrado pelas minhas apresentações de seminário. Ou, ainda, finalmente poder comprar um edredon com estampa de bolinhas que eu namorava havia séculos.

Se eu lesse isso em algum outro blog diria "bah". Podem dizer também. Sei que isso só significa algo pra mim (especialmente porque a semana anterior foi a loser week). Então, em coro: BAH!.

Aliviados? Continuemos então.

O negócio é que, além de tudo isso que contei, estou apaixonada. Perdidamente apaixonada. Pelo mestrado, é claro, porque estou focando no profissional since 1947. Voltei a sentir um prazer imenso em estudar, e isso não é nem um pouco digno de um bah!. Diria que está mais para um ê!. Né não?

Apesar do cansaço, da grande quantidade de coisas pra fazer, da gripe que me derrubou no começo da semana, faço tudo de boa vontade. Me encanto pelas teorias que aprendo (e a bola da vez é a teoria do pensamento sistêmico), penso a respeito delas e me identifico. Pra mim, descobrir autores que traduzem o que penso e sinto é simplesmente fantástico, me faz muito feliz (é sério!). Entro em sublime mode e permaneço ali por um bom tempo por conta dessas coisas.

Tenho me sentido mais leve, perceptiva e receptiva. E a cada vez em que encosto a cabeça no travesseiro e faço uma retrospectiva do dia, penso que fiz a escolha certa.

Que vale a pena.

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Mas eu não vivo no reino encantado e estou em crise com o blog. Ao visitar outros aleatoriamente achei o meu sem conteúdo algum. Diarinho. Recheado de coisas inúteis, que não adicionam nada na vida de ninguém, sem graça.

Nunca quis ter milhões de visitantes (sempre tem pelo menos um babaca no meio deles) ou ser convidada da Marimoon pra falar sobre blogs na MTV (eca). Mas sempre quis fazer algo com um mínimo de relevância.

Fecho ou não fecho o blog só para convidados pra ter mais liberdade de expressão (tipo falar mal da roupa da fulana - HAHA BRINK'S)? Continuo assim ou falo de física subatômica? Chamo o cara lá embaixo que tá buzinando sem parar de corno ou não?

Eis a questão.

       The Smiths - Stop Me If You Think You've Heard This